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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma Resposta



( Por favor, notem que o título da postagem é "Uma" e não "A" resposta. Haverão outras. Estou partindo do princípio, que me permite pensar com alguma segurança, de que posso estar enganado sobre isso, bem como estive e posso estar sobre muito mais)

Depois de muito refletir sobre o assunto e de ser instigado a pensar numa dialética com algumas pessoas off e online - (agradeço especialmente a Pandora em seus comentários reciprocamente inquietantes e a participação um tanto etérea de Senhora 1, seja lá quem ele/ela for) - minha conclusão prévia sobre a questão, é que a Mariposa e a Chama da vela, supondo-se que esta também esteja sob o encantamento, estão ambas enganadas sobre a natureza uma da outra.

É a Luz a exercer um fascínio, sobre as cores da Mariposa e sobre a dança da Labareda da vela. Ambos amam a Luz, (que não é mais um subproduto da chama do que seria das asas da Mariposa) mas atraem-se amando por procuração aquilo que não podem ver. A Chama ignora sua Luz e a Mariposa ignora as próprias cores.

Se estão destinadas a algo, é a procurarem amar em outro aquilo que não podem amar em si mesmas.
Karma, Neh?
Mas, seguindo a analogia que tracei entre a metáfora da Mariposa e da Vela e nossas relações afetivas (de toda ordem), isso equivaleria a afirmar que assim como o fascínio mutuo é uma ilusão provocada por um elemento alhures, o Amor também seria (ou pelo menos o construto social que chamamos assim). Receio porém, que eu talvez esteja com o raciocínio comprometido demais para afirmar algo assim e não sei se alguém está com disposição o suficiente para pensar por essa perspectiva.
É tres sombre imaginar que se está andando por um terreno movediço ou que o chão possa a qualquer momento se revelar uma camada de gelo fino.

Sei que elaborei uma resposta (propositalmente) confusa, mas foi o melhor/pior que consegui construir neste momento...

2 comentários:

  1. Sahge, eu acho a sua polidez uma fofura... Minha colaboração, até parece!?!?

    E sim, sobre a mariposa, a chama e a luz é interessante perceber como vc começa a elaborar uma forma de pensar as relações afetivas muito peculiar...

    Sabe que uma de minhas brincadeiras intelectuais mais divertidas é tentar desvendar teus labirintos? Tua bibliografia, como a gente faz com os filosofos e teoricos que estuda na acadêmia, acho isso uma violência literaria, mas além de divertido é irresistivel rsrs...

    Enfim, a parte tudo isso, gosto muito desse artigo indefinido acompanhando o substantivo, seria um karma pesado demais ter certeza de que estamos em um terreno movediço e o chão que nos sustenta e apenas uma fina camada de gelo!

    E sim, seja lá o que for que aproxime a mariposa da vela, o melhor de tudo é sempre o encontro...

    P.S: E sim, lembre-se da tolerância com meus tristes erros de grafia!

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  2. Cara Pandorra,
    Deixando de lado o fato de eu estar muito honrado por alguem cuja inteligência admiro e respeito muito gostar de circular pela minha confusão, tenho de pedir que, caso encontre-me perdido num destes meus labirintos, tenha a amabilidade de indicar-me uma rota de saída, porque eu devaneio com tanta...Ferocidade, que por vezes me perco por entre os meus raciocínios. Obrigado por encontrar algum sentido neles e por partilhar...

    Ah e sim, permanecerei ignorando os seus pequenos lapsos na grafia, se você em troca continuar sendo indulgente para com as muitas falhas no meu raciocínio. Parece-me um bom acordo!
    Se cuida e bom fim de semana...

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